sábado, 20 de fevereiro de 2010



FELICIDADE REALISTA
Por Mário Quintana

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote
louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser
magérrimos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema:
queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemos
conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar
pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente
apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes
inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos
sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o
que dá ver tanta televisão.

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você
pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um
parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando
se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se
sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda,
buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e
um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato,
amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza,
instiga e conduz mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde
só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas
desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as
regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.

Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça de que a
felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir
embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não
sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...





Depois de muito tempo resolvi reativar meu blog. Isso graças ao meu amigo Ivan...rs...que aliás postou alguns pensamentos que achei no, mínimo, intrigante. Nesse post ele reflete sobre as inquietações humanas, ou como eles mesmo diz " nossos demônios interno" ...rs. Inquietações humanas do tipo, a origem do universo, a vida após a morte, felicidade, etc e tal, sempre permearam o pensamento humano. Bom acredito que longe de atrapalhar o Homem, tais pensamentos o ajuda a crescer....claro...muitas das vezes causando um verdadeiro "estrago" interior...rs...Mas como diria o Bigodudo alemão Nietzsche , " a dor é a melhor maneira de aprendizado", o problema é como lidamos com ela, como lidamos com esse aprendizado, porque no meio do furação, temos a sensação de estarmos perdidos. Em um desses furacões, perguntei ao meu irmão Vitor qual era o sentido da vida....Ele virou e respondeu que não tinha sentido algum. Quase surtei quando ele falou isso, só que o mais interessante foi o que ele disse em seguida , " A vida em si não tem sentido algum, nós é que damos sentido à ela" Mano...tão simples, tão óbvio e ao mesmo tempo tão profundo...as vezes nós esperamos que as coisas aconteçam, e a viagem não é essa...nós mesmos somos somos o dono do nosso futuro, nós mesmos o costruímos, claro não estou querendo dizer que às vezes a vida não nos surpreende, mas o fato de nós mesmos termos a capacidade de costruir o nosso próprio furto é fantástico.O problema é que muitas vezes o medo não nos deixa avançar...


"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar". ( Eduardo Galeano)

5 comentários:

Vitor Hugo disse...

as vees me perco em pensamentos complexos e faz um bem danado resgatar coisas tão simples e idéias tão sinceras... li seu post com lágrimas no olho... reative o blog e sempre q possível escreverei algo pra vc postar... um abraço mano!

Lah_Bella disse...

XOW DE BOLA PRIMO... TO APRENDENDO MUITO COM VC!!! E NÃO ESKECE TE ADOROOOOO DEMAIS

Unknown disse...

Ai, Rod, conseguir passar pro papel tudo aquilo q a gente sempre diz, e de forma tão sincera é pra poucous. Mandou muito bem Shrek! rs...Bjos

raffaeldantas disse...

Pois é, todos nós hora ou outra temos esse tipo de reflexão. Como o Marcelo D2 procura a batida perfeita, os filósofos procuram o sentido da vida, uma boa dica e aquele filme do Monty Python: "O sentido da vida" que eu nunca alugo com medo de descobrir e a vida perder a graça!
Saudações

Regina disse...

Rodney, ou melhor, garoto enxaqueca, quando vc voltará postar?